Greve geral: Grupo da alimentação de Santa Catarina mobilizado para o protesto gigante desta sexta-feira

Greve geral: Grupo da alimentação de Santa Catarina mobilizado para o protesto gigante desta sexta-feira

25 de abril de 2017 Off Por José Carlos Linhares



  • O movimento sindical quer parar o Brasil em represália às reformas previdenciária e trabalhista

    Chapecó (25.4.2017) – Todos os sindicatos que integram o grupo da alimentação do Estado, com maior representação nas agroindústrias, estão mobilizados para a greve geral desta sexta-feira (28). O movimento pretende levar para a rua o maior número possível de lideranças e trabalhadores com objetivo de protestar contra as propostas de reformas da Previdência Social e Trabalhista. O dia nacional de mobilização vai declarar posição radicalmente desfavorável ao fim dos direitos das classes trabalhadoras. Em Chapecó o manifesto gigante ocorre na Praça Coronel Bertaso a partir das 9 horas.

    Durante reunião com seus filiados, em Chapecó, a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Alimentação de Santa Catarina – Fetiaesc e a Força Sindical catarinense definiram posição e estabeleceram estratégias ao enfrentamento das reformas. Elas se opõem aos trabalhadores e ao movimento sindical. “Estamos diante da literal precarização do trabalho e de violento ataque aos trabalhadores”, disse o presidente da Fetiaesc, Miguel Padilha. Na pauta estava fixado o debate da situação nacional, o manifesto desta sexta e o papel do sindicato no processo.

    Padilha deu ênfase a novos mecanismos e estratégias de ação que devem ganhar prática “para evitar ainda mais prejuízos aos trabalhadores” e ao próprio movimento sindical. Como a terceirização foi implantada também para atividades fins, alternativas precisam ser encontradas buscando combater os danos e impedir maior retrocesso. O presidente da Força Sindical, Osvaldo Mafra, chamou atenção para a “gravíssima situação” instalada no país. Novas e efetivas modalidades de sistemáticas são necessárias para impedir que as categorias profissionais “não sofram mais do que estão sendo penalizadas”. Os advogados trabalhistas Valdir dos Santos e Diego Ferraz posicionaram os sindicalistas sobre a situação jurídica das propostas, incluindo a terceirização já em vigor.

    As lideranças mostram “indignação e inconformismo” por que as reformas interferem negativamente em todo o processo produtivo tirando das classes trabalhadoras os justos direitos “conquistados com muita luta e mortes”. Padilha expos que não se pode admitir que agora “tudo seja levado pela correnteza para atender exclusivos interesses do capital”. Pare ele essa tentativa se caracteriza como “massacre aos trabalhadores”.

    Os sindicalistas fizeram convocação incentivando todos os profissionais das mais diversas categorias para que saiam as ruas e expressem o generalizado e coletivo descontentamento. Justificam ser melhor o trabalhador perder um dia de trabalho aderindo à greve, que ter “reduzidos a pó” seus legítimos direitos.

    – Foto: A liderança do Grupo da Alimentação catarinense está “fechada” em apoio ao movimento “Vamos Parar o Brasil”

    Assessoria de Imprensa FETIAESC