Cruel realidade: SITICOM presta assistência a trabalhadores afastados minimizando sofrimento
25 de abril de 2017Chapecó (25.4.2017) – Estar impossibilitado de trabalhar acaba se transformando em castigo aos que fizeram isso a vida toda: trabalhar. Este é o sentimento de um profissional que se vê acometido por um problema de saúde ou sofre as consequências de um acidente de trabalho. Infelizmente é alto o número de pessoas que se encontram nesta situação. Sem poder exercer a profissão, acabam sofrendo uma dura, cruel e ingrata realidade por que param de receber salário. Inicia neste momento a via crusis do trabalhador e da trabalhadora. Eles passam a depender do mísero auxilio previdenciário, sempre com valor muito menor ao que recebiam quando na ativa estavam.
As necessidades destes trabalhadores são muitas. Começa pelo delicado problema de saúde, segue pela escassa alimentação, a falta de medicamentos e várias outras questões. Muitas vezes isolado, o desanimado profissional vive na indigesta solidão a espera de melhores dias. Há, no entanto, firme esperança de que tudo mude e volte a ser minimamente como era antes de a saúde ficar debilitada, consequência de uma doença ou acidente de trabalho que faz sofrer, mutila e mata.
Existem exceções, mas praticamente todos os trabalhadores afastados que dependem de terceiros para subsistir, estão nesta situação por que jamais se negaram a trabalhar. E trabalhar muito. Não mediram esforços para cumprir fielmente com suas responsabilidades. Todo o intenso esforço feito na adolescência, na juventude e boa parte da vida adulta é, na maioria das vezes, o responsável pelo surgimento dos problemas. Por estes motivos, o trabalhador e a trabalhadora deveriam, necessariamente, ser recompensados com boas condições de vida. Mas não é isso o que acontece. Estes trabalhadores são submetidos a injustos desafios que certamente jamais imaginaram encontrar no caminho um dia.
A dedicação de anos ao trabalho não encontra o devido reflexo por falta de atenção, de politicas públicas condizentes com capacidade para garantir uma vida digna aos que adoecem ou sofrem acidentes no cumprimento de suas obrigações. São fotos desta natureza que os arranca abruptamente de suas atividades. É, sem dúvida, uma crueldade o que se constata no dia a dia de muitos dos “encostados” na Previdência Social sem ou com poucas perspectivas de humano futuro.
Fazendo o que pode
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Chapecó – SITICOM, procura fazer o possível para reduzir o sofrimento dos trabalhadores afastados que fazem parte do quadro associativo. O sindicato acompanha, presta assistência e doa mensalmente cestas básicas a considerável número de famílias que se encontram nesta injusta situação. O auxilio é muito bem recebido e acaba sendo o socorro na hora certa. O benefício, não raro, é tudo o quem tem para “passar o mês”. Por isso tem o reconhecimento e valorização dos beneficiários.
A acadêmica do curso de assistente social Jociane Vassoler Biessek que integra a equipe do SITICOM com alguma frequência faz visitas domiciliares aos afastados para prestar atendimento e promover a atualização de dados do trabalhador sócio. Nestas visitas é possível verificar o quanto sofrem estes trabalhadores, resultado de uma perversa, desumana e inadequada assistência, prestada por quem deveria fazer melhor: os governos de todas as esferas administrativas.
Lamentável sob todos os aspectos o que não se faz por aqueles que dedicaram suas vidas ao trabalho e agora são descartados como se mercadorias imprestáveis fossem.
Fotos:
Os registros fotográficos mostram alguns dos afastados que recebem acompanhamento e cestas básicas do SITICOM