Homem que matou ex com 16 facadas é condenado a mais de 21 anos de prisão em Chapecó

Homem que matou ex com 16 facadas é condenado a mais de 21 anos de prisão em Chapecó

12 de agosto de 2024 Off Por Editor



  • Crime foi cometido pelo inconformismo do autor com o término do casamento, segundo o MPSC

    O ex-marido de Monica Uhlmann Gosch foi condenado a mais de 21 anos de prisão em júri popular pelo assassinato da mulher, de 45 anos, no início de novembro do ano passado, em Chapecó. Os jurados acolheram todas as teses do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), condenando o réu por homicídio triplamente qualificado ― motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. O julgamento ocorreu na última sexta-feira, dia 12. De acordo com a denúncia, no dia 3 de novembro de 2023, por volta das 13 horas, o réu seguiu a vítima de carro até o local de trabalho dela, no Centro do município. Ela estava de motocicleta e assim que ela estacionou, foi abordada pelo homem, tiveram uma breve conversa na calçada e foi esfaqueada pelo ex-companheiro. Conforme o MPSC, o crime foi cometido pelo inconformismo do homem com o término do casamento. Ele matou a vítima com 16 facadas, que atingiram o peito, o tórax e a mão esquerda da mulher, que sofreu ferimentos nos pulmões e no coração. Monica não resistiu e morreu ainda no local. Após o crime, o autor fugiu com o próprio veículo. “Ele esperou o término das medidas protetivas e, ao perceber que ela não retomaria o relacionamento, num dia de semana, numa sexta-feira, uma hora da tarde, em plena luz do dia, em um local movimentado, a matou com 16 golpes de faca. A crueldade do réu, o que ele fez com ela em plena luz do dia, é desprezível”, disse o promotor Alessandro Rodrigo Argenta. Os filhos do casal e outros familiares acompanharam o julgamento. “Esperamos meses para que a justiça fosse feita. Ele sempre foi um homem muito abusivo. A minha irmã sofreu por 31 anos todos os abusos possíveis que uma mulher pode sofrer. Todos. Foi uma história muito triste. Quando ela conseguiu se libertar, ele simplesmente não aceitou que ele não tinha mais em cima de quem tripudiar”, desabafou Marcia Uhlmann, irmã da vítima. A sentença é passível de recurso, mas a Justiça negou ao homem o direito de recorrer em liberdade e ele seguirá preso.

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