Cientistas identificam novo grupo sanguíneo raro em apenas 0,01% da população

Cientistas identificam novo grupo sanguíneo raro em apenas 0,01% da população

20 de setembro de 2024 Off Por Editor



  • Algumas pessoas não têm o antígeno AnWj em seu sangue devido a doenças como câncer ou desordens hematológicas

    Cientistas da Universidade de Bristol e do Grupo de Sangue e Transplante do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido, descobriram um novo grupo sanguíneo, após solucionarem um mistério de 50 anos envolvendo transfusões de sangue. Segundo a pesquisa publicada no periódico Blood, na última segunda-feira (16), além de existir sangue A, B, AB ou O com fator RH positivo ou negativo, os seres humanos podem ser positivos ou negativos para o antígeno AnWj. Algumas pessoas não têm o antígeno AnWj em seu sangue devido a doenças como câncer ou desordens hematológicas. No entanto, em casos raros, algumas pessoas nascem sem esse antígeno por uma origem genética desconhecida. Embora a existência do AnWj seja conhecida desde 1972, sua causa genética só foi descoberta recentemente. Pessoas “AnWj negativas” não possuem o antígeno, que é transportado por uma proteína chamada Mal. Mais de 99,9% da população é “AnWj positiva”, ou seja, carrega essa proteína. Os pesquisadores descobriram que, em raras situações, o gene MAL pode ter partes faltando, um fenômeno chamado deleção homozigótica. Isso significa que partes do material genético que deveriam transmitir o antígeno ao bebê, tanto do pai quanto da mãe, estão perdidas ou incompletas. Como resultado, uma pessoa sem o AnWj pode ter uma reação adversa se receber sangue de alguém que possui esse antígeno. Cientistas chegaram a essas conclusões ao estudar uma nova amostra de sangue da paciente “zero” de 1972, além de outros quatro casos raros de pessoas geneticamente AnWj negativas, incluindo uma família israelense de origem árabe. Eles realizaram um sequenciamento de exoma, um teste genético que analisa alterações no DNA humano, e descobriram que todos tinham partes faltantes no gene MAL, o que explica a ausência da proteína Mal.

    Com informações UOL