Atirador faz família refém, mata pai, irmão, policial e morre no RS

Atirador faz família refém, mata pai, irmão, policial e morre no RS

23 de outubro de 2024 Off Por Editor



  • Polícia cercou residência após denúncia de cárcere privado

    Um tiroteio na cidade de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, deixou ao menos 10 pessoas baleadas na madrugada desta quarta-feira (23), incluindo dois mortos, um deles um policial militar. Segundo as informações, a polícia foi acionada após uma denúncia, por volta de 1h30, de que dois idosos eram mantidos em cárcere privado pelo próprio filho, na casa da família. O casal, que era proibido de sair da residência, conseguiu pedir ajuda. Assim que os policiais chegaram ao local, o quarteirão foi cercado e isolado. Os agentes tentaram negociar com o suspeito, entrando em contato por telefone para acalmá-lo, mas o homem começou a disparar. Durante o confronto, o pai do suspeito e um soldado da polícia foram mortos. Além disso, outro policial e mais seis civis foram atingidos pelos disparos, dois deles em estado grave. Outros familiares do suspeito também ficaram feridos. A irmã do suspeito informou que o atirador fez “vários cursos de tiro”.

    Veja vídeo do tiroteio

    Atirador e vítimas foram identificadas

    O atirador, que foi encontrado morto dentro de casa no começo da manhã, foi identificado como Edson Fernando Crippa. Os outros mortos na ocorrência são o pai do atirador, Eugenio Crippa, 74 anos, o irmão dele, Everton Crippa, 49, e o policial militar Everton Kirsch Júnior, 31. Além das vítimas que morreram, mais nove ficaram feridas após esse ataque em Novo Hamburgo, na região do Vale dos Sinos, no Rio Grande do Sul.

    Policial Militar Éverton Kirsch Júnior, de 31 anos foi morto durante operação

    Entre os mortos estão:

    O pai do atirador, Eugenio Crippa, de 74 anos,
    O irmão do atirador, Everton Crippa, 49 anos;
    O policial militar Éverton Kirsch Júnior, de 31 anos. Ele havia acabado de se tornar pai, deixando a esposa e um bebê de 45 dias;
    O atirador, Edson Fernando Crippa, de 45 anos, também foi achado morto.

    Os nove feridos foram encaminhados para receber atendimento médico no Hospital Municipal de Novo Hamburgo. São eles:

    Cleris Crippa, 70 anos, mãe do atirador
    Priscilla Martins, 41 anos, cunhada
    Rodrigo Weber Voltz, 31 anos, PM
    João Paulo Farias Oliveira, 26 anos, PM
    Joseane Muller, 38 anos, PM
    Eduardo de Brida Geiger, 32 anos, PM (liberado do hospital após ser baleado de raspão)
    Leonardo Valadão Alves, 26 anos, PM (liberado do hospital após ser baleado de raspão)
    Felipe Costa Santos Rocha, PM (liberado após ser baleado de raspão)
    Volmir de Souza, guarda municipal

    A Brigada Militar do Rio Grande do Sul declarou luto em razão do falecimento de Kirsch.

    “Morto em combate na madrugada da última quarta-feira, o soldado Everton Kirsch ingressou nas fileiras da Brigada Militar em 2018 e pertencia ao 3° Batalha de Polícia Militar, em Novo Hamburgo. O militar restou ferido fatalmente durante o cumprimento do dever, arriscando a própria vida pela segurança e proteção do povo gaúcho. Nesta triste data, a Brigada Militar presta sua homenagem e apoio aos familiares, amigos e colegas”, disse a corporação, em nota.

    Quem era o atirador

    Edson Fernando Crippa, 45 anos, era registrado como motorista de caminhão. Com ele, de acordo com a BM, foram encontradas duas pistolas, duas espingardas, farta munição e carregadores de 9mm e .380. Conforme o tenente-coronel Famoso, agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) entraram na residência, fizeram uma varredura e localizaram o corpo do atirador no interior do imóvel. Foi acionada uma equipe do Samu, que constatou a morte dele. Posteriormente, em entrevista coletiva, as forças de segurança do Estado informaram que ele foi neutralizado pela Brigada Militar, ou seja, atingido em confronto com a corporação. Edson era CAC (Caçador, Atirador e Colecionador) regulamentado pelo Exército. Duas das armas encontradas com ele eram registradas e legalizadas junto à Polícia Federal (PF). As outras duas estavam ilegais.

    O governador do Estado, Eduardo Leite, também se manifestou sobre a morte do PM:

    “O soldado Everton, com apenas 31 anos, deu sua vida para proteger a sociedade gaúcha. Ele era esposo, pai de um bebê de 45 dias e, acima de tudo, um herói. Que sua coragem e dedicação nunca sejam esquecidas. Meus sentimentos à família e o desejo de rápida recuperação aos feridos”, escreveu.

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