Com medo de ser enterrado vivo, dono de cemitério de SC cria sepultura com rota de fuga

Com medo de ser enterrado vivo, dono de cemitério de SC cria sepultura com rota de fuga

1 de novembro de 2024 Off Por Editor



  • Aos 9 anos, ele presenciou um ‘defunto’ abrindo o olho durante um velório

    Muitas pessoas desenvolvem fobias e precisam conviver com elas ao longo da vida, mas Alcione Alvim da Silva foi além, ele criou uma sepultura com rota de fuga. O dono do Cemitério e Crematório São José em Blumenau, que já foi coveiro, desenvolveu o medo de ser enterrado vivo ainda criança, quando no meio de um velório o ‘defunto’ abriu um dos olhos e quase o matou de susto. O pavor fez ele desenvolver o mecanismo inovador quando teve a chance. O caso parece até ‘história de pescador’ ou melhor, de coveiro, mas é mais pura verdade. Com o Dia de Finados se aproximando, no próximo sábado (02), nada melhor do que ficar de olho ‘nas novidades do setor’, não é mesmo. “Essa história começou quando eu tinha uns 9 anos. Eu estava em um velório, quando um senhor de repente abriu o olho e alguém foi lá e fechou de novo. Eu saí correndo e fiquei com aquilo na cabeça. Logo depois aconteceu aquele caso famoso do ator Sérgio Cardoso, na época saiu um boato de que ele foi sepultado vivo”, relembra. “E quis o destino, que aos 21 anos, eu viesse a trabalhar como coveiro. E eu era coveiro mesmo, fazia as exumações, os enterros. Eu prestava muita atenção nas exumações e eu tenho certeza de que eu fiz algumas de pessoas que foram sepultadas vivas. Isso me apavorou mais ainda e foi aí que eu comecei a estudar isso”, relata. Então, Alcione teve a ideia de criar uma sepultura com rota de fuga e entrada de ar. Ele explicou como funciona o esquema. “A pessoa tem que sair pela frente. A gente deixa o caixão desaparafusado e a pessoa pode usar a tampa como alavanca. A tampa do caixão também fica meio aberta para que haja circulação de ar. Então nós criamos um sistema de lacre fácil de ser rompido, visto que como há a sucção do ar, não há uma pressão interna, então não existe a necessidade de lacre de concreto”, descreve. Quando perguntado se alguém já utilizou a rota de fuga, Alcione diz: “Se precisou, não sabia que ela existia e tentou sair para cima, daí não deu!”. Gostou dessa ideia? Então compartilhe o desejo com a família antes de partir dessa para melhor e não esqueça, a saída é pela frente!