Selic volta a 12,25% e turbina renda fixa com rendimento de 1% ao mês
12 de dezembro de 2024Comitê de Política Monetária elevou a taxa básica de juros em 1 ponto percentual
Os ativos de renda fixa ganharam ainda mais atratividade com a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de subir os juros básicos, a Selic, para 12,25% ao ano ontem quarta-feira, dia 11. A última vez nesse nível foi no final de 2023. “O ambiente externo permanece desafiador, em função, principalmente, da conjuntura econômica nos Estados Unidos, o que suscita maiores dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Fed (Banco Central dos EUA)”, destaca um trecho do comunicado. Entre as justificativas, as expectativas de inflação para 2024 e 2025, apuradas pela pesquisa Focus, elevaram-se de forma relevante e encontram-se em torno de 4,8% e 4,6%, respectivamente. Em função da materialização de riscos, o Copom avalia que o cenário é menos incerto e mais adverso do que na reunião anterior. Persiste, no entanto, uma assimetria altista no balanço de riscos para os cenários prospectivos para a inflação.
▪ Entre os riscos de alta para o cenário inflacionário e as expectativas de inflação, destacam-se:
I – uma desancoragem das expectativas de inflação por período mais prolongado;
II – uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais positivo;
III – uma conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto inflacionário, por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada.
▪ Entre os riscos de baixa, ressaltam-se:
I – uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada
II – os impactos do aperto monetário sobre a desinflação global se mostrarem mais fortes do que o esperado.
Diante de um cenário mais adverso para a convergência da inflação, o Copom antevê ajustes de mesma magnitude nas próximas duas reuniões, que podem elevar a Selic para 14,25%.
1% ao mês
A atual taxa básica de juros já garante cerca de 1% ao mês para os títulos de renda fixa mais conservadores e com menor risco do mercado. No Tesouro Selic, por exemplo, título do governo federal com liquidez diária, o rendimento já a partir desta quinta-feira, dia 12, é de 0,97% ao mês.