
SC registra avanço da dengue com mais de 16 mil focos do mosquito
27 de fevereiro de 2025Até o momento, não há óbitos confirmados, mas três casos estão em investigação
Santa Catarina já contabiliza 5.523 casos prováveis de dengue em menos de dois meses de 2025, conforme o mais recente Informe Epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Embora o número seja menor que o registrado no mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 26.404 casos prováveis, o alerta permanece. Isso porque as condições climáticas atuais, com altas temperaturas e chuvas frequentes, favorecem a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. O levantamento da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), divulgado na segunda-feira (24), indica 16.002 focos do mosquito Aedes aegypti em 231 municípios já registraram focos do mosquito, e 178 são considerados infestados pelo vetor. No total, foram notificadas 19.028 suspeitas da doença, das quais 13.505 foram descartadas. Até o momento, não há óbitos confirmados, mas três casos estão em investigação.
Situação epidemiológica
Os dados da SES apontam a predominância do sorotipo DENV2 no estado, mas também há circulação dos sorotipos DENV1 e DENV3. Além disso, a classificação de casos prováveis adotada desde 2024 inclui todas as notificações que ainda não foram descartadas, permitindo uma análise mais precisa do cenário epidemiológico. Outro dado relevante do informe é o monitoramento de gestantes com suspeita de dengue. Até o momento, foram notificados 30 casos prováveis da doença em gestantes, sendo que dois foram confirmados e 27 seguem em investigação.
Prevenção
Mesmo com a redução dos casos prováveis em comparação ao ano passado, especialistas alertam que a prevenção deve ser intensificada, principalmente nas próximas semanas. O acúmulo de água em recipientes como vasos de plantas, garrafas e pneus deve ser evitado, pois esses são ambientes ideais para a reprodução do mosquito. A SES reforça que a população deve manter os cuidados básicos e que as autoridades seguem monitorando a situação para evitar um aumento expressivo de casos.