Carol De Toni denuncia ministra de Lula por desvio de recursos públicos

Carol De Toni denuncia ministra de Lula por desvio de recursos públicos

25 de março de 2025 Off Por Editor



  • A líder da minoria na Câmara acionou CGU, TCU e MPE por supostas irregularidades cometidas por Margareth Menezes

    Uma nova representação foi apresentada contra a titular da Cultura, Margareth Menezes, e o Programa Nacional de Comitês de Cultura (PNCC), por supostos indícios de uso eleitoreiro e desvio de recursos públicos. A ação contra a ministra de Lula é da líder da minoria na Câmara, deputada Carol De Toni (PL-SC). Carol De Toni acionou a Controladoria-Geral da União (CGU), o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério Público Eleitoral (MPE) para investigar a ministra de Lula, além de pedir a responsabilização dos envolvidos no suposto esquema. Na representação, a líder da minoria indicou um possível “conflito de interesses” de Margareth Menezes, a qual “recebeu R$ 640 mil em cachês para apresentações musicais no Carnaval de 2025, pagos por prefeituras que recebem recursos do Ministério da Cultura”. “Apenas Salvador, cidade que contratou a ministra por R$ 290 mil, receberá mais de R$ 16 milhões da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) neste ano”, explicou a parlamentar. A deputada federal ainda disse que a Comissão de Ética da Presidência tinha “proibido a ministra de receber valores custeados por recursos federais”. Porém, a decisão foi flexibilizada em 2025. “Isso ocorreu quando o órgão passou a ser composto majoritariamente por indicados do atual governo”, disse. “Essa reviravolta permitiu que Margareth Menezes fosse contratada por Estados e municípios, apesar de seu cargo e influência direta na distribuição de verbas públicas.”

    Aparelhamento de programa da Cultura com o PT, de Lula

    A líder da minoria na Câmara também solicitou uma investigação sobre o possível aparelhamento partidário e desvio de finalidade do Programa Nacional de Comitês de Cultura (PNCC) — órgão ligado ao ministério. O programa conta com um orçamento de R$ 58,8 milhões para dois anos, com o objetivo de fomentar a cultura nos Estados por intermédio dos comitês estaduais. “Reportagens investigativas revelaram que o programa tem sido usado para fortalecer aliados do Partido dos Trabalhadores (PT) e partidos da esquerda”, explicou. “Dos 26 escritórios estaduais do Ministério da Cultura, 19 são comandados por filiados ao PT, um pelo PSB, um pelo Psol e cinco são ligados informalmente a políticos.” Carol De Toni destacou que a sociedade brasileira precisa de “transparência e seriedade na gestão dos recursos culturais”. “A cultura deve ser um instrumento para a sociedade, e não uma ferramenta de aparelhamento político, mas o que vemos é um uso descarado do dinheiro público para fins eleitorais, desrespeitando a moralidade e a impessoalidade da administração pública”, afirmou.

    Na ação, a líder da minoria solicitou:

    • Suspensão imediata dos repasses aos Comitês de Cultura até a conclusão de auditoria;
    • Interrupção de pagamentos do Ministério da Cultura a estados e municípios que contrataram a ministra para shows;
    • Bloqueio cautelar de novos cachês pagos à ministra com recursos públicos;
    • Investigação completa sobre desvio de finalidade no PNCC e favorecimento político;
    • Apuração do conflito de interesses no recebimento de cachês por Margareth Menezes;
    • Responsabilização dos gestores envolvidos nas irregularidades.

    Com informações Revista Oeste