
Santa Catarina enfrenta epidemia de chikungunya com crescimento de 568%
7 de abril de 2025O município de Xanxerê, na região Oeste, é o epicentro da epidemia
Santa Catarina está enfrentando um surto alarmante de chikungunya, com um aumento de 568,2% nos casos prováveis da doença em relação ao ano passado. Neste início de 2025, foram notificados 535 casos de chikungunya, sendo 379 confirmados, o que representa uma escalada impressionante em comparação com os 44 casos registrados no mesmo período de 2024. O município de Xanxerê, na região Oeste, é o epicentro da epidemia, com 332 casos confirmados. Além do aumento no número de casos, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) também confirmou a terceira morte pela doença. A vítima foi uma mulher de 80 anos, moradora de Xanxerê. Este óbito se soma a outros dois já registrados: um homem de 83 anos, em Florianópolis, e uma idosa de 85 anos, também em Xanxerê, com os dois primeiros ocorrendo nos primeiros meses do ano. Outros dois óbitos ainda estão sendo investigados pelas autoridades de saúde. A doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, também responsável pela dengue e zika, tem causado grande preocupação no estado. De acordo com João Augusto Fuck, diretor da Diretoria de Vigilância Epidemiológica, a situação no Oeste do estado, particularmente em Xanxerê, é crítica. “No Oeste de Santa Catarina, especialmente no município de Xanxerê, houve um aumento significativo nos casos de chikungunya nos primeiros meses de 2025. Por isso, é importante que a população faca sua parte, eliminando os focos do mosquito Aedes aegypti, utilize repelentes e busque atendimento médico ao apresentar sintomas compatíveis com a doença”, alerta. Os sintomas da chikungunya começam a surgir entre 4 e 8 dias após a picada do mosquito infectado, e incluem febre alta (acima de 38,5°C), dor intensa nas articulações, dores musculares, dor de cabeça, cansaço extremo e manchas vermelhas na pele. A doença pode ser particularmente grave em idosos, crianças e pessoas com doenças crônicas. Além disso, a dor nas articulações pode persistir por meses, afetando significativamente a qualidade de vida dos pacientes. O aumento de casos em 2025 já impacta diversas cidades catarinenses, com 42 municípios registrando casos prováveis. Xanxerê lidera os números, seguida por Florianópolis (25 casos), Águas de Chapecó (23) e Campo Erê (23).
Com informações SCC10