
Homem morre esperando resultados de exames em hospital em Chapecó: ‘Ele se foi, minha felicidade’
14 de abril de 2025O caso ocorreu no Hospital Regional do Oeste (HRO), em Chapecó
Um homem chamado João Maria Teixeira Machado, de 54 anos, morador de Sul Brasil-SC, morreu na última sexta-feira (11), no Hospital Regional do Oeste (HRO), em Chapecó. Ele teria morrido esperando os resultados de exames, segundo relatos da esposa de Machado. Ao portal De Chapecó, uma moça que estava no hospital e viu algumas cenas que João Maria Teixeira Machado passou, relatou que o marido chegou às 16h no hospital, horário em que João já encontrava-se no local, e a moça chegou às 18h30. “Ele gemia de dor. Toda hora chamava ajuda e reclamava de muita dor na barriga. Ele foi ao banheiro e quando voltou acabou caindo no chão. Nisso, as enfermeiras falavam para ele não se jogar no chão, porque ele iria se machucar e elas não iriam conseguir carregar ele. Levantarem ele bem mal e meio que jogaram ele em cima do sofá e ficou ali, gemendo de dor”. A mulher de João relatou que, na semana anterior antes de sua morte, ele havia ido ao hospital. Fizeram uma tomografia e afirmaram que não tinha aparecido nada. Após, ele ficou a semana toda com cólicas, tomou laxantes que indicaram e não melhorou. Na sexta-feira (11), quando estavam no hospital, não a deixaram entrar para ver como ele estava. A filha de João mandou uma mensagem para o mesmo, perguntando como ele estava. Segundo o relato, ele não estava bem e ninguém o atendia. A causa da morte foi parada cardíaca. “Ele se foi, minha felicidade”, disse a mulher de João.
O que diz o Hospital Regional do Oeste (HRO)
A Associação Lenoir Vargas Ferreira (ALVF), gestora do Hospital Regional do Oeste (HRO), manifesta solidariedade à família de João Maria Teixeira Machado, de 54 anos, morador de Sul Brasil-SC, neste momento de dor pela perda de seu ente querido. Acompanhamos com atenção e respeito os desdobramentos do caso, ocorrido no Pronto-Socorro do HRO, no dia 11 de abril de 2025, e gostaríamos de esclarecer os fatos com total transparência. O paciente João Maria Teixeira Machado deu entrada no Pronto-Socorro do HRO às 14h54, com queixas de dores abdominais. Após o atendimento inicial na recepção, foi atendido pela equipe de enfermagem às 15h27, quando recebeu a classificação de risco amarela, conforme o Protocolo Catarinense de Acolhimento com Classificação de Risco — o que significa que o paciente necessita de atendimento urgente, porém não imediato, com tempo de espera. O atendimento médico foi iniciado às 16h59, ocasião em que o paciente foi avaliado, encontrava-se orientado e relatava dor abdominal. Foram prescritos medicamentos para alívio da dor, além da solicitação de exames laboratoriais e de imagem. Após a coleta de exames e realização de tomografia, o paciente permaneceu em observação nas dependências do Pronto-Socorro, aguardando os resultados. Às 20h52, o paciente foi reavaliado por uma nova equipe médica. Ele seguia orientado, comunicativo e relatava melhora da dor, restando pendente apenas a emissão do laudo da tomografia. Às 22h, no entanto, o paciente sofreu uma parada cardiorrespiratória (PCR). A equipe de enfermagem acionou imediatamente os médicos, que realizaram manobras de reanimação por mais de 30 minutos, infelizmente sem sucesso e o óbito foi constatado. Apesar de todos os esforços das equipes médica e de enfermagem, não foi possível reverter o quadro, e lamentamos profundamente o desfecho. O paciente havia procurado atendimento no hospital na semana anterior, no qual foi constatado através de tomografia suspeita de lesão no sigmóide (intestino). Havia indicação de colonoscopia, exame que é realizado ambulatorialmente, junto à Unidade Básica de Saúde do Município. Como o paciente estava estável, foi liberado e encaminhado para a investigação do tumor. A ALVF/HRO reafirma seu compromisso com a ética, a transparência e a qualidade do atendimento. Informamos que será realizada a devida apuração de todas as circunstâncias do ocorrido, a fim de verificar se os protocolos assistenciais e de segurança foram seguidos conforme os padrões exigidos. Reforçamos ainda nosso compromisso de garantir que todos os atendimentos à população sejam prestados com diligência, respeito e profissionalismo.
Associação Lenoir Vargas Ferreira (ALVF/HRO)
Com informações SCC10 / De Chapeco