
Laudo confirma que menino arremessado de ponte pelo pai ainda estava vivo no momento da queda
18 de abril de 2025Perícia também aponta sinais de tentativa de estrangulamento; pai confessou o crime como vingança contra a ex-mulher
O menino Théo Ricardo Ferreira Felber, de 5 anos, estava vivo quando foi arremessado pelo próprio pai de uma ponte sobre o Rio Vacacaí, em São Gabriel (RS). A conclusão é do laudo de necropsia do Instituto-Geral de Perícias (IGP), que confirmou que a causa da morte foi traumatismo crânio-encefálico, provocado pelo impacto da queda. O documento também indica sinais de esganadura no pescoço da criança, compatíveis com uma tentativa de homicídio anterior ao momento em que foi jogada da ponte. Isso reforça a hipótese das autoridades de que o pai tentou matar Théo antes e, não conseguindo, decidiu levá-lo até o local e atirá-lo da estrutura. O crime aconteceu no dia 25 de março. Tiago Ricardo Felber, de 40 anos, foi preso após confessar que jogou o filho da ponte como forma de vingança contra a ex-companheira, Abigail Luisa Ferreira. Segundo a polícia, o casal havia se separado em dezembro do ano passado, após um histórico de desentendimentos e agressões — incluindo o registro de boletim de ocorrência por parte de Abigail, depois que Tiago quebrou objetos da casa, como o celular dela. Théo morava com a mãe em Nova Hartz, mas o pai conseguiu convencê-la a deixá-lo passar uma semana com ele para comemorar o aniversário da criança. Conforme depoimento à Polícia Civil, Tiago tentou sufocar o menino em casa, mas não conseguiu. Depois disso, circulou de bicicleta com Théo por cerca de três horas até cometer o crime. No dia do aniversário do filho, por volta do meio-dia, Tiago jogou a criança da ponte. O objetivo, segundo ele, era que o menino morresse afogado, mas como o rio estava com o nível baixo, Théo caiu sobre as pedras e sofreu lesões fatais. Após o assassinato, Tiago ainda enviou um áudio cruel para a ex-companheira: “Viu, guria, seje forte. Fiz uma loucurinha agora, tá? Guenta o coração agora para o resto da vida. Atirei o Théo lá embaixo da ponte agora.” Perícias realizadas na casa onde Théo esteve com o pai não encontraram vestígios de sangue, o que reforça que as lesões fatais foram mesmo causadas pela queda. O resultado completo da necropsia deve ser usado pela polícia para finalizar o inquérito e enviar o caso ao Judiciário.
Com informações Metrópoles