Prefeitura de Chapecó faz aquisição de 3 esculturas em Bronze em homenagem a desbravadores
7 de junho de 2017Uma proposta da Prefeitura de Chapecó para a compra de três esculturas em bronze tem sido alvo de críticas nas últimas semanas. As obras fazem parte da programação do centenário da cidade e homenagearão três personagens que protagonizaram o desenvolvimento econômico e social de Chapecó: Aury Bonadese, Ernesto Bertaso e Plínio Arlindo De Nes.
Por outro lado, os vereadores da oposição criticam os valores da aquisição dos três monumentos que custarão R$ 330 mil aos cofres públicos (cerca de R$ 110 mil cada escultura).
Além disso, questionam por que a intenção de compra foi encaminhada à Câmara de Vereadores, ainda no dia 26 do mês passado, mas retirada após contestações.
No entanto, o que chamou a atenção dos parlamentares foi que, embora contestada, a administração municipal fez a aquisição dos monumentos, através de um contrato (17/363) firmado no dia 1º de junho, com dispensa de licitação.
O contrato de três meses firmado com uma empresa de São Paulo, a MRC Eventos e Decorações, especifica, no Portal da Transparência, que os monumentos serão confeccionados pelo designer Roberto Claussen, do Rio de Janeiro.
A ideia
A proposta surgiu, de acordo com o prefeito Luciano Buligon (PSB), do Conselho Municipal de Cultura. E, a homenagem foi compartilhada com os parlamentares, em forma de Projeto de Lei (PL). No entanto, Buligon alega que a administração não precisaria formalizar a homenagem através de uma diretriz legal.
“A intenção não era polemizar. Eu não preciso fazer um decreto ou uma lei pra fazer uma homenagem. Se o Conselho de Cultura aprovou, quem sou eu pra criticar?”, explicou o prefeito.
Os recursos
Sobre os questionamentos do montante aplicado, R$ 330 mil, Buligon afirmou que os recursos são da pasta da Cultura e não podem ser utilizados noutra rubrica, porém lamenta que a proposta tenha sido polemizada.
“Eu não vou permitir que polemizem uma homenagem. É um monumento que será tombado pela Unesco e vai ficar para a história de Chapecó. Os custos são esses… Sabe quanto custou o desbravador? Mais de R$ 1 milhão”, exemplificou.
O artista
Sobre o contrato firmado com o artista de renome internacional, o prefeito sustentou que a intenção do Conselho de Cultura é que o monumento seja tombado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). E, para que haja reconhecimento internacional, deve ser confeccionado por um artista que tenha credenciamento junto à organização.
Os nomes
Além dos valores gastos e da escolha do artista, as críticas se deram ainda, na preferência pelos três nomes. Nesse aspecto, Buligon disse que os homenageados foram escolhidos por terem sido os propulsores da economia da cidade.
“A nossa primeira economia foi através do extrativismo, que teve a participação ativa do nosso desbravador Coronel Ernesto Bertaso. A segunda veio com a indústria de proteína com Plínio Arlindo De Nes e por último, o nosso simbolismo do cooperativismo, com o Aury Bodanese. É a história que diz isso, não sou eu. Agora, não dá pra transformar uma homenagem numa ofensa”, argumentou o prefeito.
Fonte: Voz do Oeste